Ryse: Son of Rome
Written By luksjobs on quarta-feira, 4 de dezembro de 2013 | 05:39
Ryse: Son of Rome foi na E3 2013, quando o jogo foi apresentado como uma das grandes novidades para o Xbox One. Por um lado foi bom ver uma franquia inédita e exclusiva da Microsoft, mas por outro fiquei decepcionado com a superficialidade dos combates baseados apenas em Quick Time Events – momentos em que é preciso apertar o botão de acordo com a indicação na tela.
Talvez pela baixa expectativa (ou pelas mudanças de última hora feitas pelo estúdio Crytek), Ryse me surpreendeu. Ele é, sem sombra de dúvidas, o jogo mais bonito dessa nova geração. Não há serrilhados ou quebra de polígonos, e a modelagem dos personagens assusta de tão realista. A roupa parece e se comporta como roupa, cada detalhe visual enche os olhos. Ryse talvez seja o único jogo onde fica claro a diferença de poder entre o Xbox 360 e o Xbox One.
Mas Ryse sofre de um problema comum entre séries que apostam demais no aspecto visual: superficialidade. Não há motivação nenhuma para se empolgar durante campanha com aproximadamente oito horas de duração. A história de vingança de um comandante de Roma lembra muito filmes como O Gladiador, o que poderia ser bom. Mas apesar do esforço, a dramatização do enredo ficou rasa e cheia de clichês.
Isso tudo seria facilmente perdoável se o game tivesse um sistema de combates que fosse interessante, o que não é o caso. É extremamente divertido ver o exagero e a sanguinolência das mutilações causadas durante as lutas, pelo menos em um primeiro momento. O sistema pega emprestado alguns elementos dos jogos recentes do Batman, nos quais é preciso atacar e bloquear os inimigos que flanqueiam em grupos com até quatro membros. Após acertar determinado número de golpes você pode executar os adversários em uma sequência em câmera lenta onde eles brilham em amarelo ou azul, as cores dos botões (Y e X) que devem ser apertados para finalizar a cena que vai mostra, no mínimo, o protagonista Marius enfiando sua espada na cabeça de um bárbaro.
O sistema de luta funciona - e até há um desafio nas primeiras horas –, mas é tudo muito repetitivo e sem evolução. Por mais que seja possível comprar novos movimentos de finalização com os pontos ganhos em jogo, o combate em si continua basicamente o mesmo por toda a campanha. Chega uma hora que o desafio desaparece e o tédio reina.
O modo multiplayer cooperativo é surpreendentemente bom, por outro lado. No papel de um gladiador, você e mais outro jogador devem enfrentar hordas de inimigos dentro do Coliseu. Só por estar dentro da arena já vale a pena experimentar essa modalidade co-op. Execuções em dupla e a benção dos deuses adicionam elementos divertidos para manter você e um amigo entretidos por mais algumas horas.
Ryse: Son of Rome não é o jogo que vai te convencer a comprar um Xbox One. Mas se você acabou agindo por impulso e adquirindo o novo console da Microsoft, certamente é uma boa chance de ver do que a máquina é capaz. Só não espere muita coisa.
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